18.7.06

Não deixe que meus olhos
calejem suas mãos.
O transpirar fez sísmica
a corrida sobre os montes de cruzes vazias.
Todas para mim.

O véu cai sobre os olhos,
esconde de mim o pecado,
e desponta a agulha do chão.
Como um grito engarrafado
de vazio, as feridas não curam.

Os estandartes sobre a rua
altos para a sua parada até casa.
Você voltou morta, fatigada pela turbulência
de dezenas de amores,
você caiu em meus braços que já não te queriam.

Você desmontou ao meu lado,
dragões mortos alando nosso ofego doentio.

* * *

P.S.: Notei, depois de escrever, que o minima acima tem várias menções à heroína. Não, eu não consumo. E largue a mão de querer saber da minha vida, palhaço.

Winners don't do (a lot of) drugs.

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