3.7.06

O vapor exalava do seu corpo
na madrugada gria em que te achei,
esquecida sob o fogo fátuo das luzes públicas.
O mundo todo guardado,
e nós, perdidos sob o céu claro
de vinte milhões de alheios.
Quis te ler milhares de vezes,
rasgando suas sílabas nos sentidos
que eu quis, nos duplos que eu quis.

Você dormia descoberta o meu sono de gelo,
exposta à imensidão
com seu universo aparente nos olhos.

Bebemos separados demais.

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