24.8.08

Binário

21.8.08

Decidi que não vou te esperar.
Vou fazer alguma coisa de mim
e torcer,
torcer muito,
pra estar, de novo,
no lugar certo, na hora certa.

18.8.08

Passei meus vinte minutos matinais,
pensando nas besteiras que eu fiz com você.
Perdi, perdeu, perdemos.
Pode me odiar.

Eu mereço.

14.8.08

Sleep pretty darling, do not cry.
Esqueci como é dormir acompanhado
e acordei felizmente moído do seu lado,
esquecida da vida.

12.8.08

A cidade toda levantou os braços,
uma gigantesca oração,
cantada dos minaretos escuros.

A luz foi acabando,
as nuvens do dia sumindo
e restaram seus olhos apenas.

Os únicos.
Viro uma brasa na chuva,
fumegando, exausto.
Por 10 minutos alí,
realmente não pensei em nada.

10.8.08

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(ah, as piadinhas com falsos cognatos...)
Agora é assim que a gente brinca:
Eu quero, você não,
aí você quer, eu não,
aí não sei, é complicado.

Não sei se estou aliviado ou desesperado,

mas estou me esforçando muito,
pra na minha cabeça você já ir embora.
De repente você estava aqui,
na minha frente.

E eu morto de medo.

Como é que tudo mudou desse jeito?
São duas doses por noite:
uma para esquentar,
outra para esquecer.

E minha cama nunca foi tão boa quanto agora.
Há tantos restos de você por aqui.

Ando morando num cemitério de você,
e nem percebi.
Escorri da cama tarde,
olhando as paredes,
(corrimões)
e a trilha de roupa,
tênis,
calça,
camisa,
eu.

A noite foi longa.

5.8.08

Uma máscara,
um relógio quebrado
e luvas para a primavera.

Será que você vai gostar?
Isso aqui quebra (1a. voz)
Quebra como um osso (2a. voz)
Quebra devagar (3a. voz)

Todas juntas, na minha cabeça, antes de dormir, faziam sentido.
Quando o Sol se espatifou,
milhares de pedaços queimando o céu,
a água do canal ficou mais quente
e a cidade se acendeu toda,
como se essa ilha
fosse um gigantesco fósforo.

Your hand in mine.